O processo de recrutamento e seleção pode ter diversas variantes durante a sua execução, mas uma coisa nunca muda: a pessoa selecionadora sempre está à procura do (a) candidato (a) ideal. Ele (a) deve ter as melhores habilidades para ocupar uma vaga ou cargo disponível. E, exatamente nesse cenário, surgem dois conceitos importantes para quem deseja realizar uma boa contratação: as chamadas hard skills e soft skills.
Entenda de primeira que a palavra skills, em inglês, significa competência ou habilidade. Ou seja, esses dois conceitos (hard e soft skills) se referem a pacotes de habilidades e aptidões que um (a) determinado candidato (a) a uma vaga de DEV, por exemplo, possui ou precisa ter para conseguir sucesso durante o processo seletivo.
Saiba que essa divisão das competências técnicas e habilidades subjetivas de um (a) profissional se tornou maior na dinâmica do mercado atual. Isso porque, no passado, os recrutadores baseavam os processos seletivos apenas nas hard skills. Essa mudança se deve ao entendimento contemporâneo de que a técnica é um imperativo e não mais um diferencial.
Além disso, estudos estão comprovando que as habilidades subjetivas, como a capacidade de comunicabilidade e empatia, por exemplo, favorecem o desenvolvimento e o êxito de profissionais e equipes de trabalho. Desta maneira, saber encontrar a dosagem certa de hard skills e soft skills em um (a) candidato (a) pode ser a chave para o sucesso.
O que são as hard skills?
A palavra “skills” vem do inglês e significa habilidades. Hard skills são as capacitações técnicas que um profissional pode comprovar por meio de diplomas, certificados de qualificação, testes práticos, cursos, entre outros. É todo o aprendizado que ele adquiriu e que pode ser demonstrado em aspectos físicos ou tangíveis.
Por serem competências de fácil identificação — muitas vezes já constam no currículo — até um tempo atrás, essa era a forma preferencial de as empresas selecionarem candidatos e confirmarem a capacidade para ocuparem determinados cargos e posições em uma companhia. Mas veremos que isso vem mudando bastante.
De forma simples, podemos conceituá-las como as aptidões técnicas de um profissional. Sendo assim, vamos olhar alguns exemplos:
O que são as soft skills?
As softs skills são habilidades pessoais e intangíveis que um profissional possui e não pode ser identificada nem comprovada por meio de certificações ou cursos e sim, pela convivência diária, um bate-papo durante a entrevista ou pelas dinâmicas em grupo realizadas nos processos seletivos.
São aptidões difíceis de serem analisadas em um primeiro momento, por isso é importante conhecer bem o candidato além da apresentação do seu currículo, pois pode ser que ele não tenha as principais qualidades que a empresa procura. Alguns exemplos de soft skills são liderança, ética, facilidade de comunicação, empatia, espírito de equipe e flexibilidade.
Vamos checar alguns exemplos de soft skills:
Qual a diferença entre uma habilidade e outra?
Soft skills e hard skills se diferenciam principalmente pela capacidade de comprovar essas competências. As primeiras são perceptíveis após um conhecimento mais profundo do candidato, com testes psicológicos e comportamentais realizados também com a ajuda da inteligência artificial, além da convivência diária, que é quando se conhece melhor alguém.
Já as hards skills são as qualificações que muitas empresas, equivocadamente, buscam mais nos profissionais, por serem de fácil constatação. Mas isso é um erro, já que nem sempre o que demonstra mais conhecimento sobre determinada ferramenta ou tem um curso específico, terá o melhor perfil para uma vaga, visto que as qualificações soft skills são as que determinam o aspecto emocional das pessoas e o modo como elas reagem às situações.
Em resumo, as hard skills são as habilidades técnicas, e as soft skills, as comportamentais. Sobretudo, a conjunção dessas habilidades são essenciais para acertar no recrutamento e contratar o talento ideal para a empresa.
É possível desenvolver habilidades hard e soft skills?
Pode-se acreditar que as soft skills não são capazes de serem adquiridas, mas isso está longe de ser uma verdade. É perfeitamente possível uma pessoa desenvolver competências que contribuirão para o desenvolvimento de sua carreira, como senso de liderança, capacidade de resolução de conflitos e proatividade, por exemplo.
Um profissional considerado completo é aquele que sabe aliar seus conhecimentos técnicos às suas capacitações pessoais e se desenvolver em cada uma dessas áreas. E uma boa empresa, seja como empregadora ou recrutadora, é aquela que sabe identificar pontos relevantes tanto em hard quanto soft skills para o seu negócio, assim como promover o aperfeiçoamento dessas habilidades em cada colaborador.
E como a empresa pode auxiliar?
Para contribuir com a retenção de qualidades soft skills, o setor de Recursos Humanos pode promover treinamentos de integração nos quais são evidenciadas boas condutas, o perfil e postura que a empresa espera do candidato, e também palestras educativas sobre comportamento, programas de capacitação e desenvolvimento pessoais.
Além disso, em alguns casos, é indicado ao RH que sugira ao colaborador que faça acompanhamento com profissionais especializados como terapeutas e psicólogos; essa alternativa poderá ser adotada em conjunto com as atividades oferecidas internamente pela empresa.
Já quando os colaboradores têm boas qualificações pessoais que envolvem o conceito de soft skills, mas deixam a desejar no conhecimento técnico, boas medidas são a implantação de programas de capacitação em parcerias com faculdades e cursos de pós-graduação, treinamentos para conhecimento de determinadas ferramentas, financiamento de especializações e disponibilização de tutoriais importantes para o trabalho.
Conclusão
Vale lembrar que, dentro de uma corporação, tanto as hard quanto as soft skills podem ser desenvolvidas de diferentes maneiras. Por conta disso, é crucial entender os impactos que elas causam em cada setor da empresa, a fim de identificar o que pode ser melhorado e trabalhar para aplicar as soluções corretas.
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